sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Passadas 30 horas…. (Não terão sido muitas mais?!)

Confirmei aquilo que suspeitava: a Web 2.0 é um mundo paralelo mas, simultaneamente intrínseco ao nosso quotidiano. Dois quotidianos que vamos construindo à medida que vamos deixando as nossas pegadas sejam elas de carbono ou digitais.
Neste universo ‘webiano’ podemos:

Relatório Crítico


Acão de Formação

 "A Biblioteca Escolar 2.0"

          Sabemos que se espera que a Biblioteca Escolar satisfaça as necessidades dos alunos e dos professores, devendo constituir-se num local onde estejam disponíveis recursos variados (livro e não livro) e, principalmente, as novas tecnologias da Web 2.0 que ‘num abrir e fechar de olhos’ inundou a sociedade e as escolas.

Sabemos que ao professor bibliotecário é solicitado cada vez mais uma variedade de competências de modo a acompanhar a evolução tecnológica da sociedade da informação e a alteração do paradigma educativo.

E sabemos, também, que as competências exigidas ao professor bibliotecário estão em constante mudança pois podemos constatar que as competências (pedagógicas, avaliação, gestão, seleção e organização de materiais, conhecimentos da informação e da tecnologia) estão a evoluir e a adaptar-se ao novo paradigma da sociedade.
          A formação "A Biblioteca Escolar 2.0" proporcionou-nos uma abordagem muito variada de assuntos/ferramentas que são indispensáveis para que o Professor Bibliotecário possa cumprir com um dos seus objetivos: transformar a Biblioteca Escolar num verdadeiro ‘motor’ para o sucesso dos nossos alunos enquanto cidadãos conscientes e participativos.
          Assim, considero que a informação fornecida sobre muitas e variadas ferramentas disponibilizadas pela Web 2.0, aliada à concretização prática, foram muito importantes para, mais uma vez, reflectirmos sobre as práticas quotidianas das nossas bibliotecas e os novos desafios que temos de enfrentar.

          Relativamente à metodologia seguida, quero salientar a importância das reuniões assíncronas que, apesar de não terem decorrido na perfeição tecnológica, permitiu-nos, todavia, aprender / praticar uma outra forma de comunicação tão dos nossos dias e, já diz o ditado, a errar também se aprende. A realização de trabalho autónomo permitiu ir pesquisando/praticando/errando algumas das novas tecnologias Web 2.0.

          O trabalho autónomo foi muito importante pois permitiu-me momentos interessantes e, muitas vezes stressantes, de descoberta e conhecimento das tecnologias abordadas, o que foi enriquecedor.

          Foram vários, e muito variados, os trabalhos realizados visando experimentar diferentes ferramentas da Web 2.0. Começo por referir a construção do Blogue (e lembro o desespero que senti quando estive dois dias para descobrir qual era o endereço do meu blogue!!! - Amadorismo!!!!). O universo dos blogues ainda não constitui um domínio que domine corretamente mas sei que não devo ter receio de experimentar pois pode sempre ser editado, apagado, alterado. Utilizar o Youtube, Issuu, Slideshare, Audaciti, entre outros, foi igualmente importante pois deram-me a conhecer novas formas de fazer na biblioteca, seja ao nível da divulgação de informação, seja na realização de atividades com as crianças do 1º ciclo e do Jardim-de-infância (os meus clientes principais).

          Quero, ainda, referir que a partilha dos blogues, na plataforma, foi uma mais-valia. Pois facultou-nos a possibilidade de conhecer outros modos de utilização das mesmas, outros procedimentos, …

 
          Nós, Professores Bibliotecários, temos um problema: tentar acompanhar os nossos alunos. Hoje em dia, eles são cada vez mais virtuais e ‘Googleanos’. Constroem uma vida ‘paralela’ em sites como facebook ou o Hi5 e preferem recorrer ao Google em vez de livros. Isto porque a Internet dá uma resposta mais rápida, permite o copy e paste de várias fontes. Para além disto, a internet está disponível 24 horas por dia, é acessível a qualquer idade e nível de conhecimentos, permite sempre uma ligação a outro assunto relacionado….

          Perante este estado das coisas como devemos reagir? Penso que devemos manter a missão tradicional da BE de fornecer a informação adequada e desejada pelos utilizadores mas, temos que, também, conseguir ligar utilizadores e informação num portal de informação virtual. A Web 2.0 é o nosso novo grande desafio.

         
           Hoje, já não se espera que a BE seja um espaço com livros mais ou menos adequado à população que serve, mas que ofereça também serviços e outros modos de fazer através do recurso às novas tecnologias.

 
          Sabemos que é muito agradável tocar, abrir um livro, devorá-lo com o olhar, sentir o cheiro da tinta, eu ainda sou desse tempo… mas nos anos finais da minha carreira profissional, tenho que me render à evidência e passar a refletir numa biblioteca com livros, claro está, mas também tenho a obrigação (e o gosto) de conhecer e saber utilizar as potencialidades da Web 2.0

 
          A sociedade 2.0 originou alunos 2.0 que, por sua vez necessitam de uma biblioteca 2.0 com o professor bibliotecário 2.0.

 
2012.12.23

Professora Bibliotecária

Teodora Gonçalves

 

Plano de ação


 
“O nosso livro digital”

 
Intervenientes: turma do 2º ano, professora titular de turma, professora bibliotecária

 
Objetivo: Contacto com algumas tecnologias TIC


Procedimentos:

1.      Motivação:

Leitura de um livro digital.

          Vamos fazer um?

          Leitura de uma obra (pré selecionada pela PB e PTT).

          Divisão da ação em partes para posterior ilustração.

2.      Digitalização dos desenhos e escrita de uma frase (cada aluno, ajudado pelo PB ou pelo PTT, digitaliza o seu desenho e escreve a frase correspondente).

3.      Recorrendo ao quadro interativo, utilizar o Photoshop para colocar, de forma sequencial, os desenhos.

4.      Gravar cada um dos alunos lendo a frase do seu desenho.

5.      Mostrar aos colegas o trabalho realizado.

 

 

domingo, 9 de dezembro de 2012

Tutorial Audio book

Ferramentas Web 2.0 a não perder

Ferramentas para gerir imagens: Flickr http://www.flickr.com/ Picasa https://picasaweb.google.com/ RBE. Catálogo geral. Catálogos das escolas. Catálogos coletivos/concelhios: http://www.rbe.min-edu.pt/np4/86.html RBE Redes e catálogos. http://www.rbe.min-edu.pt/np4/redes_catalogos/ RBE. Redes concelhias. http://www.rbe.min-edu.pt/np4/648.html BLX - O Catálogo das bibliotecas municipais de Lisboa http://blx.cm-lisboa.pt/pesquisa/pesquisacat.php Europeana http://www.europeana.eu/portal/ <i>Guardar para ceder na nuvem, ou escrever a muitas mãs um texto, uma tabela, uma apresentação... : Google Docs: http://www.google.com/google-d-s/intl/en/tour1.htm DropBox: https://www.dropbox.com/ Wiki Spaces http://www.wikispaces.com/ <b>Organizar os livros na nuvem:<i> Library Thing http://www.librarything.com/ Versão em língua portuguesa: http://pt.librarything.com/ Good Reads: http://www.goodreads.com/ Shelfari: http://www.shelfari.com/ Google Books (em português): http://books.google.com.br/ Uma análise comparando Library Thing e Good Reads: http://bookriot.com/2012/07/31/goodreads-v-librarything-part-one/ Redes sociais: Facebook http://www.facebook.com/ Twitter https://twitter.com/ 9GaG Just for Fun! http://9gag.com/ Linkedin http://www.linkedin.com/ Pinterest (vivam as imagens!) http://pinterest.com/ Partilhar com critérios e assinatura: Diigo http://www.diigo.com/ Scoop.it http://www.scoop.it/ Netvibes (português de Portugal) http://www.netvibes.com/pt Som: Voki http://www.voki.com/ Blip.fm http://blip.fm/ SoundCloud https://soundcloud.com/ Para fazer websites (ferramentas gratuitas): Google sites https://sites.google.com/site/sites/system/app/pages/meta/dashboard/create-new-site Wix http://pt.wix.com/ Sapo http://sites.sapo.pt/ Clapps.me http://clapps.me/

Ferramentas Web 2.0 -- Algumas definições

Google Docs Origem nos EUA em 2005. “O Google Docs é um pacote de produtos que permite criar diferentes tipos de documentos, trabalhar neles em tempo real com outras pessoas e armazená-los juntamente com outros arquivos: tudo feito on-line e gratuitamente. Com uma conexão à Internet, é possível acessar seus documentos e arquivos a partir de qualquer computador, em qualquer lugar do mundo. Também há algumas tarefas que você pode realizar sem conexão à Internet.” http://pt.wikipedia.org/wiki/Google_Docs [acedido em 7 dezembro 2012] http://blog.rodrigograca.com/2011/10/02/5-razoes-para-usar-o-google-docs/ [acedido em 7 dezembro 2012] DropBox “Dropbox é um serviço para armazenamento de arquivos. É baseado no conceito de "computação em nuvem" ("cloud computing"). poderosas centrais de computadores que conseguem armazenar os arquivos de seus clientes ao redor do mundo. Uma vez que os arquivos sejam devidamente copiados para os servidores da empresa, passarão a ficar acessíveis a partir de qualquer lugar que tenha acesso à Internet. O princípio é o de manter arquivos sincronizados entre dois computadores que tenham o Dropbox instalado.” http://pt.wikipedia.org/wiki/Dropbox [acedido em 7 dezembro 2012] Wikispaces Serviço criado em 10 de Março de 2005 “O WikiSpaces é um site para hospedagem gratuita de wikis. Os usuários podem criar suas próprias wikis facilmente. Os wikis gratuitos são suportados através de discretos anúncios em texto. Existem três modalidades para um wikispace: • Public (qualquer um pode editar) • Protected (Apenas membros registrados de determinado wikispace podem editar) • Fully private (Somente membros registrados do wikispace podem visualizá-lo; serviço pago).” http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikispaces [acedido em 7 dezembro 2012] Curadoria “Curadoria digital é a seleção, preservação, manutenção, coleção e arquivamento de ativos ou dados digitais. Curadoria digital é geralmente relacionada ao processo de criação e desenvolvimento de repositório de dados para consultas atuais e futuras realizadas por pesquisadores, cientistas, historiadores e estudiosos. Empresas estão começando a utilizar curadoria digital para melhorar a qualidade da informação e dados em seus processos operacionais e estratégicos.” http://pt.wikipedia.org/wiki/Curadoria_digital [acedido em 7 dezembro 2012] Scoop.it “O Scoop.it é uma ferramenta on-line conveniente para implementar e compartilhar um monitoramento de informações sensíveis à palavras-chave de sua escolha. Conectado a várias fontes de informação, como o Google (blogs, notícias e o Twitter), ele permite compartilhar no seu diário pessoal os melhores sites sobre temas específicos evitando assim a fragmentação do seu monitoramento de informações.” http://pt.kioskea.net/faq/13866-scoop-it-criar-e-compartilhar-o-seu-onitoramento-de-informacoes [acedido em 7 dezembro 2012] “Para que profissionais e com que finalidade ? Scoop.it é útil para diversos profissionais envolvidos no monitoramento de informações: • Blogueiros e editores da web • Profissionais de marketing (observação das tendências) • Profissionais de reputação on-line • Especialistas em um determinado campo (SEO, e-comércio, informática) Ele pode ser usado: • Em monitoramento ativo ou passivo (publicar um jornal compartilhando seu monitoramento ou se cadastrar a tópicos/logs criados por outros usuários). • Como um meio de promover um conhecimento, um know-how específico (personal branding) • Em sinergia com outras redes (ex: compartilhar seu log Scoop.it no Twitter, LinkedIn, etc) para enriquecer a animação de suas contas sociais.” http://pt.kioskea.net/faq/13866-scoop-it-criar-e-compartilhar-o-seu-monitoramento-de-informacoes#para-que-profisionais-e-com-que-finalidade [acedido em 7 dezembro 2012] Netvibes “Netvibes é um desktop online baseado na tecnologia AJAX e é um exemplo da chamada Web 2.0. Sua tecnologia visa permitir um alto nível de personalização, sendo possível alterar o título da página, adicionar, mover, remover conteúdos dos mais variados entre outras personalizações. Entre os similares, estão o PageFlakes, o Goowy, o Live.com, da Microsoft, e os desktops do Yahoo e do Google. Em Portugal o Origo.pt.” http://pt.wikipedia.org/wiki/Netvibes acedido a 7 de dezembro de 2012 “O Netvibes, além de um leitor de feeds, funciona como um gerenciador de sua “vida virtual”, permitindo que você adicione à uma página seus blogs, notícias, vídeos online, podcasts, e-mails, e até previsão do tempo e comparação de preços de produtos. Além de suporte à feeds RSS e Atom, ele possui: • Gerenciamento de contas de e-mail; • Módulos para busca em diversas fontes de imagens, texto, vídeos, mapas, blogs, podcasts e até comparação de preços; • Módulos de serviços como previsão do tempo, gerenciamento de calendários pessoais e públicos (via iCal), notas e tarefas a fazer; • Temas personalizáveis para mudar a aparência da página.” http://www.futuroprofessor.com.br/netvibes-tutorial [acedido em 7 dezembro 2012] Diigo “O Diigo é um website desenvolvido recentemente que oferece um serviço online para a adição e pesquisa de bookmarks (também conhecidas como ‘favoritos’ ou ‘ligações’) sobre qualquer assunto. Mais do que um mecanismo de buscas para encontrar o que se quiser na Web, trata-se de uma ferramenta para arquivar e etiquetar websites preferidos para possam ser consultados a partir de qualquer lugar, desde que exista acesso à internet.” http://w3.ualg.pt/~mvalente/varios/diigo2.html [acedido em 7 dezembro 2012] Facebook Site fundado em 2004 por Mark Zuckerberg. “O Facebook é uma rede social. É um site onde cada pessoa pode ter o seu perfil, ou seja, os seus dados pessoais, as suas fotos, vídeos, links, notas etc. Os membros desta rede social, como aliás de todas as outras, interagem entre si, visitando os perfis, fazendo amigos, estabelecendo contactos, deixando comentários, enviando mensagens entre si, numa palavra, comunicam.” http://www.portais.ws/?page=art_det&ida=1202 [acedido em 7 dezembro 2012] Twitter “O Twitter é uma rede social de micro-blogging. Resumindo, trata-se de mais um site onde pode criar uma lista de seguidores (pessoas que o seguem), ou uma rede e interagir em tempo real com as pessoas que se encontram na rede e fora dela (que se encontrem online). É das redes sociais que têm mais utilizadores no mundo inteiro. É micro-blogging, pois temos as nossas “mensagens”, ou “twits”, limitados a 140 caracteres. É também, uma ferramenta de marketing imprescindível para todas as empresas, marcas, serviços ou produtos. O Twiter, serve para comunicar com a uma rede de seguidores, que vai construindo com o passar do tempo. Vai servir como um canal de comunicação entre a pessoa que cria a conta no Twitter e os seus seguidores e pode ser usada em tempo real.” http://fazerblogs.com/twitter/ [acedido em 7 dezembro 2012] Linkedin Site fundado em 2002. “O LinkedIn é um site de negócios que possui o formato de uma rede de relacionamento. Por este motivo, muitos se referem a LinkedIn como uma rede social., porém, seu lançamento ocorreu no ano seguinte, em 2003, na Califórnia.” http://www.oficinadanet.com.br/artigo/internet/o-que-e-o-linkedin [acedido em 7 dezembro 2012] Pinterest “Pinterest é uma rede social de compartilhamento de fotos. Assemelha-se a um quadro de inspirações, onde os usuários podem compartilhar e gerenciar imagens temáticas, como de jogos, de hobbies, de roupas, de perfumes, etc. Cada usuário pode compartilhar suas imagens, recompartilhar as de outros utilizadores e colocá-las em suas coleções ou quadros (boards), além de poder comentar e realizar outras ações disponibilizadas pelo site. Para que os usuários possam interagir de uma forma mais ampla com outras comunidades, o site é afiliado com o Twitter e Facebook. Foi eleito um dos melhores websites de 2011 pela revista Time.” http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinterest [acedido em 7 dezembro 2012]

Photo Story de apresentação da Biblioteca da Escola EB São João de Brito

Biblioteca de 1º ciclo, integrada na RBE em 2001

Tutorial Photo Story3

sábado, 17 de novembro de 2012

Youtube Slideshare Issuu

Estas novas tecnologias da web, entre outras, são pertinentes para uma melhor oferta de serviços prestados pela biblioteca. Os exercícios que temos realizado nesta ação são importantes, pelo menos para mim, pois, pela primeira vez, vi-me confrontada com a utilização destes recursos. Confesso que me sinto completamente um peixe fora de água e que, nesta semana, tenho ‘engolido muitos pirolitos!’ mas está a ser uma descoberta. Penso que estas ferramentas me irão ser uteis no futuro pois, permitem dar maior visibilidade à biblioteca (espaço físico, serviços e atividades desenvolvidas). Agora vou ‘nadar’ mais um pouco. Ando a fazer experiências!!!!

Carlos Pinheiro no Encontro de Partilha Interconcelhia RBE, em Vila Franca de Xira, em 2009

Parece que consegui! ;) O livro dos meus alunos está fantástico mas... sem som!

Primeiríssima experiência envolvento YouTube !!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012


Comentário

A Web 2.0 e a BE 2.0
 
O texto sugerido para leitura obrigatória, constitui uma reflexão sobre a Web 2.0 e a BE 2.0. Anuncia o que todos sabemos: que a Web proporciona novas formas de comunicação e que é, cada vez mais, utilizada no mundo.

É evidente que na história da humanidade a tecnologia tem evoluído constantemente e conseguimos até fazer corresponder determinadas formas tecnológicas a épocas/tempos muito precisos. Na atualidade, com a possibilidade facultada pela internet de estabelecer ligação entre todos os computadores de mundo generalizou-se o uso da Web. Os conteúdos são disponibilizados de forma universal e os utilizadores têm a possibilidade de estabelecer interação entre si. Hoje, as pessoas estão ligadas em rede partilhando conteúdos e sítios web.

Neste texto e neste contexto é dado especial relevo ao papel dos atores, agora elementos centrais da tecnologia, e ao papel das escolas e bibliotecas, questionando sobre os novos serviços e funcionalidades que estas deverão proporcionar.

As escolas e as bibliotecas escolares, apesar de serem instituições onde as mudanças ocorrem lentamente, não podem deixar de alterar as suas práticas e proporcionar aos utilizadores a informação nos variados suportes que hoje existem. A biblioteca escolar tem que adaptar-se a novas formas de trabalhar, novas formas de comunicar, novas formas de cativar… O próprio Manifesto da IFLA/UNESCO (2000, 1) já definia como missão para as bibliotecas escolares a promoção de “serviços de apoio à aprendizagem e livros aos membros da comunidade escolar, oferecendo-lhes a possibilidade de se tornarem pensadores críticos e efetivos utilizadores da informação, em todos formatos e meios”.

Continuando este raciocínio chegamos ao conceito de Biblioteca 2.0 que, segundo o autor, deve-se à expressão Library 2.0, referida pela primeira vez por Michael Casey no blogue LibrayCrunch (http://www.librarycrunch.com) em 2005.

                    Mas afinal o que é uma Biblioteca 2.0? A primeira imagem de biblioteca inserida na nossa memória é constituída apenas por uma coleção de livros físicos. Com a evolução da tecnologia foram-se juntando à coleção os documentos vídeo, áudio e virtuais. Segundo David Lee King, citado pelo autor que refere o esquema “as ondas da Bbilioteca2.0”, a biblioteca tradicional tornou-se biblioteca 2.0 porque conseguiu adaptar-se ao novo paradigma da Sociedade do Conhecimento (paradigma que privilegia o saber usar as tecnologias, com o propósito de pesquisar a informação que pretende, à acumulação de conhecimentos defendida pelo paradigma anterior).

Segundo David Lee King, diz-nos o autor, as bibliotecas alteraram a sua base de interação e comunicação com os utilizadores ao começarem a utilizar correio eletrónico, blogues, facebook, entre outros. Simultaneamente foi surgindo um “outro tipo” de coleção. Aos documentos físicos, juntaram-se os documentos digitais, áudios e vídeos e as bases de dados. As bibliotecas ofereceram um serviço à distância aos utilizadores, de qualquer computador passaram a ter acesso à sua biblioteca e puderam interagir com os recursos humanos da mesma.

 O que, muito sinteticamente, acabámos de referir encontra suporte no que preconiza Maness (2006), citado no texto que estamos a abordar, sobre o que entende serem as características principais que definem a biblioteca 2.0. A saber: deve ser Centrada no utilizador (nas suas necessidades), deve Disponibilizar uma experiência multimédia (disponibilizando as novas tecnologias), deve ser Socialmente rica (implicando o utilizador na utilização /rentabilização das ferramentas digitais) e deve ser Inovadora ao serviço da comunidade (melhorar os serviços que disponibiliza e constitui-se como um local de informação e comunicação de excelência). Para que a sua existência seja efetiva e profícua, é necessário algo mais. Antes de mais é fundamental estarem apetrechadas ao nível tecnológico e, talvez o mais importante, contar com uma equipa de profissionais informada e conhecedora das recentes inovações tecnológicas.

Penso que ainda temos algum caminho por fazer. A leitura do estudo O impacto da Web 2.0 nas Bibliotecas Escolares das escolas secundárias do concelho de Lisboa, de Thiago Mota Cunha, Marina Barros Figueiredo, permitiu-me concluir que em 2009 cerca de 93% das BEs portuguesas (escolas secundárias) possuíam computadores com acesso a internet (o é da minha inteira responsabilidade). O que se pode concluir é que há três anos é que as bibliotecas, das escolas secundárias, tiveram o acesso à internet. E as outras? Existe todo um universo de alunos, desde o Jardim de Infância ao 3º ciclo, que não estão contemplados nesta realidade. A experiência quotidiana diz-nos que também estes alunos aderem com muita facilidade aos ambientes digitais como blogues e redes sociais. É, pois, necessário apetrechar convenientemente todas as bibliotecas escolares.

Mas não chega. Tal como     é defendido por Francisco Pereira, noutro texto colocado na plataforma, o Professor Bibliotecário tem que assumir novas competências. Deve ser eProfessor, deve conhecer e saber usar novas ferramentas on-line para atrair e incentivar os alunos. Mas deve, igualmente, saber divulgar a biblioteca.
Biblioteca que não se exista no ciber espaço, que não proclame “Quem sou?”, “O que faço?” é, praticamente, uma biblioteca inexistente.

Em jeito de conclusão:
A biblioteca deve adaptar-se ao novo paradigma da Sociedade do Conhecimento que pretende/defende novos modelos de aprendizagem e da construção do conhecimento. Hoje, para além de fomentar a leitura e competências leitoras, para além de formar leitores, a biblioteca deve ser capaz de preparar os alunos para o uso correto e seguro da Web, e o acesso correto à informação e de forma a transformá-la em conhecimento.
Os nossos alunos (os mais velhos) já conhecem e dominam as tecnologias, por isso, há que fomentar o seu sentido crítico para que o façam de forma segura.
Aos professores bibliotecários cabe a árdua tarefa, para alguns mais difícil do que para outros, de darem muitas das suas horas para se informarem e aprenderem a usar as tecnologias de última geração. É por isto que aqui estamos.

 

 

 


 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012




Daqui a trinta horas de formação, espero parecer uma nativa digital (!!!!) que conhece e domina, na perfeição, todas as referências contidas no logo.
Relativamente ao conteúdo do logo, neste momento, conjugo as seguintes formas verbais:

  • dominar (conhecer e utilizar) -- poucos
  • conhecer (saber o que são, mas nunca utilizar) -- alguns
  • desconhecer -- muitos